Autor / Parceria:
OPAS/OMS e Observatório de imigrações da UNB
Tema:
Integração sócio cultural, migrações, Cooperação Sul-Sul
Âmbito:
Nacional
Unidade de análise:
Equipes de Atenção Básica com médicos do PMM de áreas indígenas, quilombola e periferia urbana
Metodologia:
Pesquisa qualitativa, de campo com etnografia, entrevista e grupo focal
Resultados / Conclusões:
Diferença do Brasil x Outras missões (Unidade de saúde do SUS – Divisão de espaço com médicos e profissionais brasileiros: intercâmbios, conflitos, amizades...);
Localidade geográfica – impacto determinante na forma de integração;
Ganhos econômicos, comparados com outras missões;
Similaridades entre o Brasil e Cuba;
A formação humanista dos médicos cubanos e o propósito de conhecer e conviver com a realidade das comunidades locais.
Provisionalidade da condição migratória;
A combinação da origem e de classe, associada à distinção social (Bourdieu, 1980) de ser médico no Brasil, foi decisiva para sua integração e reconhecimento pela comunidade local;
A distância da família foi a compensada pelo uso das redes sociais (Skype, Facebook, Whatsapp...) e pelos vínculos estabelecidos localmente;
O domínio do idioma somente apresentou obstáculos no início da missão. Essa barreira foi facilmente quebrada, muitas vezes, incluindo sotaques e gírias próprias da localidade de destino;
Formação de um parentesco “relacional”;
Em Cuba: Convênios com Embaixadas, Institutos e Universidades para promoção da cultura brasileira (festival de cinema, palestras antropológicas, mini cursos sobre a localidade de destino, história, culinária...);
No Local de destino: sensibilização sobre a medicina cubana e a cultura de Cuba;
Mediador local brasileiro bilíngue para colaborar nos primeiros meses;
Contratos em dólar para evitar preocupações com o câmbio;
Mais informação sobre a possibilidade de continuar na cooperação;
Rever a necessidade do curso de capacitação ou de algumas aulas ministradas com caráter muito incipiente para médicos com experiência;
Diretrizes nacionais sobre alimentação, moradia e transporte;
Parcerias com órgãos de pesquisa para que os vínculos da missão continuem;
Recomendações / Lições aprendidas:
Pode-se afirmar que a integração na sociedade brasileira em termos valorativos tem sido mais positiva. A residência nas comunidades de trabalho, seguindo a tradição da medicina cubana, associado a distinção social e o status de ser médico no Brasil, embora com atitudes, hábitos de classe social e formas de integração muito próximas com profissionais e pacientes foram determinantes no processo de integração sociocultural dos médicos cubanos do PMM na sociedade brasileira.
Status:
Concluído
Acesse o documento: